Eis algumas perguntinhas despretensiosas, para você e eu pensarmos em nosso ser:
- O que ou quem define minha vida?Não tenho respostas a dar a maioria dessas perguntas, e não estou preocupado com isso. Tento, como diz Rilke em suas Cartas a um jovem poeta, “ter amor pelas próprias perguntas, como quartos fechados e e como livros escritos em uma língua estrangeira”, procurando não investigar “as respostas que não lhe podem ser dadas, porque não poderia vivê-las”. Vivo agora as perguntas!
Não faço isso por preguiça, mas por zelo e amor pela vida, tão rica e complexa para ser encerrada em conceitos. Porque a vida, companheiros/as de rede, é como um enigma fascinante (se não posso definir, o negócio é comparar). Tão fascinante (e única) que não posso continuar vivendo sem parar para refletir no modo; tão enigmática que não é possível desvendá-la por inteiro; e tão breve que não vale a pena se paralisar pela possibilidade de perdê-la. Afinal, como disse o Mestre dos mestres e Senhor dos senhores, quem perde a vida, a acha. Quão libertadora não pode ser a ideia de ganhar aprendendo a perder aqui e ali? Eis um paradoxo da vida: a vitória nem sempre é parceira do ganho; e perder-se pode ser a melhor maneira de se achar.